Respeito que vai além da
inclusão.
Walquiria Aparecida dos Santos Araújo
RU: 821997
Polo – Itapevi
Data 28/08/2017
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Fonte:
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/
Uma professora que foi
além da simples inclusão, não apenas acolheu um aluno deficiente, mas deu a ele
e a outros tantos, a oportunidade de fazer efetivamente parte da sala de aula,
como? Através de um programa criado no Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e é nesta mesma cidade que se passa essa
historia, de respeito, motivação e carinho pelo oficio da docência.
Ana Clara é o nome da
professora que após quinze anos de carreira, resolveu fazer a diferença, na
escola onde trabalha a dez anos, e foi além levando também para comunidade
local, esse passo de avanço tecnológico justo para aqueles que mais precisam e menos
tem oportunidades.
A escola onde tudo
começou, está localizada na região oeste na periferia do rio de Janeiro,
trata-se de uma escola municipal de ensino fundamental até o quinto ano,
chamada EMEF Dona Elvira, lá encontramos o protagonista desta historia o
Reginaldo Artur Costa, mais conhecido como Naldo, e muito conhecido por sinal,
mas Naldo pode escrever sua historia e fazer-se notar depois de encontrar seu
anjo da guarda a professora Ana Clara, tudo começou dois anos antes quando
Naldo ingressou no primeiro ano do ensino fundamental, a sala dele ficava ao
lado da sala da professora Ana Clara, que foi observando ao longo dos dias que
havia ali na sala ao lado um aluno especial, embora a sala não fosse sua ela
sentiu que deveria fazer alguma coisa, pois já estava chegando às férias do
meio do ano e aquele garoto não se socializava não demostrava alegria se quer
tinha tido avanços na esfera pedagógica.
E foi durante as férias
que a professora buscou informação e recursos para tornar mais efetiva a aprendizagem
não apenas do Naldo, mas de todos que sofressem de problemas relacionados com a
visão, e a preocupação da professora Ana Clara tem muito fundamento uma vez que
segundo dados do Censo Escolar 2008/2009, feito pelo Inep/MEC, mais de 55 mil
alunos têm deficiência visual no país. Desse total, 51.311 são os chamados
estudantes com baixa visão e 4.604 são cegos, mas a realidade na EMEF Dona
Elvira agora é outra, depois do retorno das aulas a professora chamou o Naldo e
apresentou a ele a novidade, ainda um projeto bastante rudimentar instalado
apenas na sala de informática, mas que já trazia um novo horizonte para aquele
aluno.
Estamos falando do DOVOX
um leitor de tela, como o próprio nome sugere leem tudo o que está na tela do
computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail,
MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais, como é o caso do Naldo que
antes não conseguia acompanhar a turma e agora é o melhor aluno da turma do
terceiro ano, e adivinha quem é a professora dessa turminha?! Ana Clara, isso
mesmo o anjo da guarda de Naldo, passado algum tempo e visto como a o cotidiano
a vida dos alunos melhoravam com o uso das tecnologias, a escola inseriu um
computador em cada sala de aula para atender a necessidade dos alunos com
deficiências visuais, a informática adaptada para o deficiente visual tem três
tipos de programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os
digitalizadores de texto, Os leitores leem tudo o que está na tela do
computador, os ampliadores é bons para os chamados baixa visão, como o programa
amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura
de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os
digitalizadores transformam textos em sons. “todos são muito bons mas cada um
atende a uma realidade específica, e um complementa o outro.
A escola EMEF Dona
Elvira, tornou-se referencia para a alfabetização de crianças, com deficiência
e ganhou um espaço especial para formação de professores para inclusão e
material didático exclusivo para o uso com os alunos que necessitem.
Entre os programas
existentes estão: DOSVOX o NVDA os dois programas são free, ou seja, podem ser
baixados gratuitamente pela internet, outros muito bons são o JAWS e o Virtual
Vision, mas têm o inconveniente de serem pagos. São todos leitores. Na linha de
ampliadores, existem o Magic e o ZoomText, também pagos. Já o Openbook é um
digitalizador de texto.
Já em São Paulo existe a
associação brasileira de assistência a pessoa com deficiência visual, LARAMARA.
LARAMARA foi fundada
pelo casal Mara e Victor Siaulys em 7 de setembro de 1991, no bairro da
Pompeia, em São Paulo, em uma casa de 250 m2, onde Victor Siaulys havia morado
quando criança.
Com as experiências e os
conhecimentos adquiridos com a educação da filha caçula Lara, que ficou cega
devido a retinopatia da prematuridade, Mara e Victor reuniu um grupo de
profissionais atuantes na área e fundaram a instituição, a fim de dar
oportunidade de educação e inclusão a crianças com deficiência visual e
compartilhar experiências com as famílias.
Laramara trouxe para o
Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala, indispensáveis para a
educação e a independência da pessoa cega. Em parceria com empresas privadas e públicas
distribuiu um grande número desses equipamentos para todo o Brasil. Importa e
disponibiliza para as pessoas com deficiência visual mais de duzentos produtos
de tecnologia assistiva que melhoram a qualidade de vida dessas pessoas.
Tem divulgado suas
experiências e aquisições para todo o Brasil por meio de 30 recursos
instrucionais, produzidos por sua equipe - livros, manuais e DVDs -
contribuindo para que todas as crianças brasileiras possam ser educadas e
beneficiadas. Criou e fabrica 120 brinquedos especiais e adaptados para as
crianças com deficiência visual.
Os programas e ações da
Laramara têm recebido, ao longo desses anos, importantes provas de
reconhecimento, como o Prêmio Criança da Fundação Abrinq, em 1995, por garantir
o direito das crianças com deficiência visual de brincar e aprender de maneira
lúdica e prazerosa; e o Prêmio Comunidade Solidária oferecida pelo governo
brasileiro pela proposta realizada na preparação de jovens para o mercado de
trabalho (de 1996 a 2000).
LARAMARA Endereço: R.
Conselheiro Brotero, 341 - Barra Funda, São Paulo - SP, 01154-001
Telefone:(11) 3660-6400.
Referência:
Tecnologia-servico-da-inclusao-de-deficientes-visuais-na-escola.html
http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/
http://laramara.org.br/quem-somos/sobre
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