ESTUDANTES DO ITA
DESENVOLVERAM UM APLICATIVO PARA CRIANÇAS QUE TEM DISLEXIA.
Por QUESIA MOREIRA MAGALHÃES
RU 1111481
Pólo – ITAPEVI
Data 13/08/2017
Fonte:
DislexClub.
No ano de 2012 um grupo de
estudantes do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos – SP fizeram um jogo
chamado Aramumo, que foi feito para crianças que tem o problema de dislexia,
que é a
dificuldade na aprendizagem da leitura pela confusão no reconhecimento da
correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas.
Essa
ideia surgiu de uma competição que os alunos do ITA estiveram participando. O
desafio era criar um aplicativo, em língua portuguesa, para crianças com esse
problema. Isso foi idealizado pelo Instituto ABCD, organização não-governamental que
mantém programas para pessoas com dislexia e outros transtornos na aprendizagem, como a discalculia (dificuldade
de reconhecer e lidar com as diferentes formas de representação numérica); essa
ideia foi proposta, porque na época não tinha muitos aplicativos com esse
tema de ajudar crianças que tem dislexia, e até hoje existem poucos. A diretora-presidente do instituto,
Mônica Cristina Andrade Weinstein, confirma "o desafio surgiu da
constatação de que existem pouquíssimos recursos de tecnologia em língua
portuguesa para quem tem dislexia". Ela
afirmou que, em vez de contratar uma empresa para desenvolver aplicativos, o
instituto preferiu envolver estudantes para "levar a questão da dislexia
para outras áreas", e também porque são os alunos de computação de hoje
que poderão desenvolver novas tecnologias para uso social no futuro.
Eric Gomes Muxagata Conrado, de 19
anos, fez parte do trio que venceu o desafio, junto com os colegas Marcio
Araujo de Paiva Filho e Victor Gonçalves Elias. Eles foram os criadores do jogo
Aramumo. E, como prêmio, os três ganharam uma viagem aos Estados Unidos para
conhecer o Massachussetts Institute of
Techonology (MIT), é
uma universidade privada de pesquisa.
Eric afirmou que esse foi o seu
primeiro e grande desafio, e que a ideia de elaborar um projeto destinado a
pessoas com dificuldade de aprendizagem, mudou sua visão sobre a carreira que
escolheu. "Não tinha muito interesse nisso antes de estudar e ver o quanto
é fácil usar os conhecimentos que a gente adquire na faculdade para ajudar as
pessoas", explicou.
E não para por ai! Entre abril e setembro do ano de 2012,
eles desenvolveram mais três jogos educativos para smartphones e tablets (Aramumo, Arqueiro Defensor e Mimosa e
o Reino das Cores), destinados a ajudar quem tem essa
dificuldade de relacionar o reconhecimento e interpretação dos sons às palavras
e sílabas, ordenar e escrever corretamente as letras, além de memorizar sons e
sílabas e estimular a coordenação motora.
O aplicativo vencedor, Aramumo, traz um
jogo de palavras-cruzadas, porém usando sílabas. Desenvolvido em dois meses,
ele tem atualmente cinco níveis de dificuldade, mas Eric garante que o grupo
vai continuar trabalhando para ampliá-lo.
O Aramumo pode ser encontrado na PlayStore, nos smartphones android. Os outros aplicativos que participaram do desafio, como os jogos
"Mimosa e o Reino das Cores", que explora as palavras com um
quebra-cabeça, e "Arqueiro Defensor", que brinca com pronúncia e
ortografia, também estão disponíveis para o download no PlayStore.
Esse aplicativo é um grande avanço.
As pessoas podem usar em qualquer lugar;
seja em casa, na rua ou até mesmo na escola. Os professores que tem crianças
que sofrem com esse problema na sala de aula, podem utilizar o aplicativo e interagir
com os seus alunos, porque além de prender a atenção da criança pelo fato de
ser um jogo, é algo muito educativo. A criança aprende a escrever as palavras e
saber onde cada silaba se “encaixa” e melhora a sua compreensão na literatura
portuguesa.
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