Livox, liberdade de voz a
quem precisa.
Por Ana Laura de Carvalho Costa, RU
1799285
Polo – Itapevi- SP
Data 10/09/2017
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Tendo como inspiração a
necessidade de uma melhor comunicação com sua filha, que tem paralisia
cerebral, o pernambucano Carlos Pereira, criou o aplicativo Livox, cuja
tradução do nome significa liberdade e voz.
Essa tradução é a síntese do
que o aplicativo proporciona auxiliando a comunicação de pessoas com diversos
tipos de necessidade, sejam motoras, cognitivas ou visuais, como autistas,
portadores de ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), paralisia cerebral, sequelas
de AVC (Acidente Vascular Cerebral), entre outros.
O aplicativo é adaptável,
possui algoritmos para o ajuste de acordo com a deficiência do usuário,
inclusive para correção do toque imperfeito. Até mesmo pessoas cegas podem
utiliza-lo, tamanha sua abrangência.
Com o aplicativo
funcionando em tablets, os fichários e cartões de comunicação puderam ser
deixados de lado, pois o mesmo conta com mais de 12 mil imagens, podendo ainda
ser adicionadas mais a critério das necessidades do usuário.
Por ser tão impactante o
aplicativo foi premiado vencendo o Desafio de Impacto Social do Google, sendo
também reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) recebendo o prêmio
de melhor tecnologia Inclusiva.
A expectativa é de que
mais de 15 milhões de brasileiros com dificuldades de comunicação sejam
beneficiados pelo aplicativo, significando uma melhora na qualidade de vida de
todas essas pessoas.
Na educação ao aplicativo
é uma importante, pois através dele pode-se aumentar a atenção, a concentração,
também fortalece a memória, favorece a compreensão de conceitos de tempo e
espaço, gera habilidades para descrição, observação, comparação e análise,
enfim coopera muito do desenvolvimento do aluno.
O MEC (Ministério da
Educação) avaliou o aplicativo, classificando-o como excelente ferramenta para alfabetização
para todos em geral, ou seja, pessoas com ou sem deficiência.
A utilização do aplicativo
já ocorre em várias escolas. Um exemplo é a escola municipal Maria Clara, em
Itapevi, São Paulo, lá professores das salas de recurso, que trabalham com alunos
de inclusão, tem obtido resultados positivos no desenvolvimento desses alunos.
Na escola os professores
reconhecem o Livox como uma importante ferramenta de aprendizagem, superando as dificuldades e
alguns obstáculos encontrados no dia a dia, melhorando a comunicação.
Nessa instituição o aplicativo
é utilizado por crianças na faixa etária de 6 a 10 anos, com diferentes
deficiências, como paralisia cerebral e autismo, por exemplo, trabalhando
principalmente com as disciplinas de português e matemática.
A melhora na questão da
comunicação, a alfabetização estão entre os principais objetivos a serem
atingidos na utilização do aplicativo na escola, dando assim maior autonomia
para os alunos, através da liberdade de se expressão que os mesmos conseguem
adquirir.
Como o aplicativo é adaptável,
trabalha-se com cada criança segundo suas necessidades, ajustando conforme
preciso. Por seu uso bastante fácil os alunos apresentam desenvoltura ao
utilizá-lo, e suas conquistas são muito comemoradas pelos professores e pelas
famílias.
Os pais relatam como é
notório o desenvolvimento dos filhos, crianças que não teriam expectativa de
escrita conseguem desenvolver essa habilidade, ainda que não peguem em um
lápis, tudo através do aplicativo.
Um ponto negativo do
aplicativo é a licença para uso que precisa ser obtida que acaba o tornando
oneroso, causando uma menor abrangência, uma vez que sua implantação depende de
recursos financeiros.
Com
todo esse potencial a expectativa é que o Livox chegue cada vez mais ao seu
público alvo, estando presente nas escolas, nas casas, que seus usuários possam
superar as dificuldades de comunicação que apresentam devido suas deficiências,
ganhando qualidade de vida e cidadania.
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