Professor Usa Aplicativo de Celular Com Alunos Especiais
Por Sheila Curtz Palacio Santos 1794723
Por Sheila Curtz Palacio Santos 1794723
Polo – Itapevi
Data 08 /09/2017
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Com o avanço
tecnológico, hoje já é possível alunos com deficiência auditiva participarem das
aulas do ensino regular com uma maior interação, pois foi lançado no mercado,
um aplicativo desenvolvido para celulares e tabletes que traduz a linguagem
oral e escrita em português, para Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
O aplicativo brasileiro, foi
idealizado em 2008 por Ronaldo Tenório, alagoano, durante um trabalho da
faculdade, mas só passou a funcionar em 2012 quando ele e mais dois amigos,
Carlos Vanderlan e Thadeu Luz, se uniram para colocar o projeto em prática,
visando melhorar a comunicação entre os deficientes auditivos e os que são
chamados de ouvintes. Segundo um comentário de Ronaldo “Os surdos se sentem
estrangeiros em seu próprio país, pela dificuldade em se comunicar”.
De acordo com o censo do
IBGE realizado em 2010, só no Brasil há cerca de 9,7 milhões de pessoas que
possuem algum tipo de deficiência auditiva e 70% deles tem dificuldade para
entender o português escrito ou falado, por este motivo desde 2002 a LIBRAS é
reconhecida como língua oficial no Brasil.
O aplicativo, que tem
parceria com o MEC (Ministério da Educação), na escola, melhora a comunicação
dos professores e alunos ouvintes com alunos com deficiência auditiva.
Frederik é um professor da
disciplina de Física e dá aula para o ensino médio, com jovens na faixa etária
entre 14 e 17 anos, em uma escola da rede publica de ensino, localizada no
município do Taboão da Serra no estado de São Paulo, e viu no aplicativo Hand Talk,
com o incentivo da direção da escola, a possibilidade de se comunicar, de forma
ímpar, com seus alunos que não escutam.
Seu funcionamento é bem
simples, após instalar o aplicativo no celular ou no tablete, tudo o que se fala
ou se escreve nele é instantaneamente traduzido para a língua de sinais
(LIBRAS) por um interprete virtual, muito simpático, chamado Hugo.
Quando o aluno tem
alguma dúvida, ele chama o professor e, usando o aplicativo, começam as
explicações, ficando muito melhor para o aluno, que aqui chamaremos pelo nome
fictício de Igor (por ser menor de idade), tirar suas dúvidas sobre a matéria
de Física. Igor é surdo de nascença, mas filho de pais ouvintes, que sempre o
estimularam a aprender a Língua de Sinais e o Português escrito e ficaram muito satisfeitos com a iniciativa da escola e do professor,
comentaram que após o início do uso do aplicativo nas aulas, o aprendizado e as
notas do Igor melhoraram muito.
Em entrevista o
professor comentou “Tinha muita dificuldade em me comunicar com Igor, sei muito
poucos da língua de sinais” continuou, “Fiquei sabendo da possibilidade de usar
o Hugo (intérprete virtual) em sala de aula e está sendo muito gratificante”.
Além disso, os objetivos alcançados com o uso desta tecnologia são riquíssimos,
o aluno tem, por exemplo, maior interação na aula, tem a oportunidade de fazer
perguntas, sem contar que obtêm as explicações na língua em que está acostumado.
Este tipo de tecnologia,
além de facilitar a comunicação, faz com que os alunos surdos se sintam incluídos
o que é muito importante para o desenvolvimento psicológico das crianças e dos
jovens. De acordo com a LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação nº 9394/96)
fica garantido o direito ao acesso e a permanência de pessoas com necessidades especiais
na rede de ensino regular.
Por ser um tradutor de
bolso, como é chamado o aplicativo, sua maior vantagem é poder ser usado em
qualquer lugar, e na escola, ele acaba sendo uma via de mão dupla, pois ele só
traduz o que é falado ou escrito nele para a língua de sinais, não faz o
caminho inverso, por esta razão, para que haja uma plena comunicação do aluno
inclusivo com os professores e os demais alunos, é importante aprender a Língua
Brasileira de Sinais.
Portanto, um aplicativo
que inovou, auxiliando professores a proporcionar melhores condições de aprendizado
aos alunos com necessidades educativas especiais, é a tecnologia a serviço da
educação inclusiva.
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