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TECNOLOGIA E INCLUSÃO NO ÂMBITO EDUCACIONAL




Em 2008, o ministério da educação publicou um documento especificando, “Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva”.
O documento passa a orientar ás direções e também a organizar os passos para a aplicação da educação inclusiva dentro do sistema educacional brasileiro visando às bases na aplicação da educação voltada para a diversidade de ensino na educação inclusiva (BRASIL, 2008). A legislação brasileira vem ao longo do tempo possibilitando o acesso de pessoas com deficiência em vários campos da sociedade, sendo assim um direito da população que necessita deste trabalho desenvolvido para educação inclusiva.
Ao imaginar educação inclusiva é inevitável não pensar no decorrer da história na descriminação e no preconceito sofrido pelas pessoas que possuem algum tipo de deficiência.  A constitucionalidade da educação inclusiva no Brasil ocorreu em 1988, e a partir de então, a cada dia vem se tornando uma realidade desafiadora ,principalmente nas instituições de ensino, uma vez que ainda nos dias atuais observam-se as limitações das crianças da educação especial no que tange a interação com meio e com as pessoas em sua volta dentro das unidades escolares.
Contudo o crescimento e o uso das tecnologias e aplicativos na educação inclusiva crescem a cada dia, novos modelos tecnológicos tem se mostrado grandes aliados para desenvolvimento cognitivo e de inclusivo das pessoas com necessidades especiais no mundo acadêmico, mas não apenas no campo educacional, tais aplicativos vão muito além de dos aparatos acadêmicos, muitas vezes servem como aliados no trabalho e até mesmo em atividades cotidianas destas pessoas portadoras de necessidades especiais.
Nos últimos anos as estratégias de aprendizagem vêm adquirindo modelos pelos quais os alunos especiais vêm se adequado e com utilização destas tecnologias estabelecendo conceitos de assimilação e mostrando grandes avanços intelectuais. Essas utilizações têm sido muito eficientes, mas vale ressaltar que cada aluno usuário desses aparatos deve se enquadrar conforme suas necessidades, portanto na prática todos devem construir seus conhecimentos e desenvolver-se conforme suas necessidades com métodos pedagógicos previamente traçados pelo seu professor.
Pensando nestes avanços intelectuais uma escola da região central de Itapevi, iniciou um projeto de inclusão social onde uma das principais metas seria alfabetizar e ensinar cálculos  de maneira eficiente aos  alunos  portadores de baixa visão e cegueira. Com isso começou a fazer uso do aplicativo Dosvox (aplicativo para deficientes visuais) como um Software de Acessibilidade ao Ambiente Digital para Deficientes Visuais e suas Possibilidades no Processo de Alfabetização e Letramento de seus alunos. A Escola esta localizada no centro do município de Itapevi, Grande são Paulo, e de acordo com as informações obtidas pela secretaria escolar existem cerca de 20 alunos cadastrados na escola com algum tipo de deficiência visual (moderada ou grave). Segundo a Coordenadora escolar, grande parte desses alunos sofria com altos índices de analfabetismo, pois o trabalho desenvolvido com eles até o momento em que chegavam á escola na maioria das vezes não dava conta das necessidades cognitiva dos mesmos.
O DOSVOX é um sistema para microcomputadores, que se comunica com o usuário através de síntese de voz, permitindo o professor mesmo sem saber braile possa alfabetizar seus alunos, e ao mesmo tempo o software fornece ao aluno certo grau de independência, pois permite ao mesmo pesquisar informações na rede sem o auxilio de outra pessoa. O sistema realiza a comunicação com o deficiente visual através de voz em Português, sendo que a síntese de textos pode ser configurada para outros idiomas ( o que possibilita também o aluno a fazer aulas em inglês).
Segundo a coordenadora (Maria Fernanda) do programa dentro da escola a escolha do Dosvox de outros sistemas voltados para uso por deficientes visuais é que no DOSVOX a comunicação homem-máquina é muito mais simples, e leva em conta as especificidades e limitações dessas pessoas. Ao invés de simplesmente ler o que está escrito na tela, o DOSVOX estabelece um diálogo amigável, numa linguagem em que os alunos de diversas séries possam compreender, pois através de suas interfaces adaptativas estabelece uma linguagem em que as crianças compreendem. Isso o torna insuperável em qualidade e facilidade de uso para os usuários que veem no computador um meio de comunicação e acesso, que deve ser o mais confortável e amigável possível.
Esta mesma escola ainda envolvida no quesito tecnologia a serviço da inclusão; Também faz uso recursos tecnológicos para a área de exatas onde as atividades que envolvem cálculos foram enriquecidas com o uso do soroban (aparelho para cálculos, também conhecido como ábaco) com novas fontes de informação e ferramentas técnicas, Ainda segundo a Coordenadora os educadores têm o papel primordial na inclusão destes alunos promovendo atividades onde o uso por tais aparelhos ocorram com todos os alunos (deficientes ou não) e nas avaliações, facilitando a assimilação do conhecimento e na buscar informação para todos os alunos. As estruturas e a subjetividade de cada um, na educação tecnológica inclusiva têm como objetivo gerar aulas dinâmicas e mais atrativas aos alunos em processo de transformação; No universo da deficiência visual um recurso voltado para o ensino de matemática com um aparelho de calculo, contas são realizadas com grande rapidez, tem baixo custo e tem grande durabilidade já que no soroban, também são utilizadas técnicas que envolvem operações de soma e subtração, posteriormente também foram desenvolvidas técnicas de multiplicação e divisão e atualmente extração de raízes (quadrada e cúbica etc.) abrangendo assim todas as idades.
Com estas atitudes inclusivas para os alunos com deficiências visuais a escola se tornou referencia em sua região, na inclusão de alunos com baixa visão, cegueira moderada ou grave. Para José Alves ( aluno matriculado no 2º ano do ensino médio) “A escola ficou mais atrativa e hoje as coisas estão mais fáceis. Porém, essa facilidade não pode fazer com que a gente se acomode. É preciso continuar indo além, testar nossos limites, nos superar.”  Segundo dados da delegacia de ensino do município 68% estes alunos já se encontram matriculados em cursos profissionalizantes e técnicos trazendo assim perspectiva de crescimento e autonomia a uma população que muitas vezes sequer conseguiria dar continuidade no ensino fundamental , devido ao alto índice de evasão deste alunos.

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