A TECNOLOGIA NO AUXILIO DA INCLUSÃO EM SALA DE
AULA
Por Alana Giannini Vieira Francisqueti,
1725418
Polo – Itapevi
Data 12/09/2017
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Fonte:
https://hemetec.wordpress.com/2015/12/29/playdown-aplicativo-interativo/
Uma professora do
interior de São Paulo tem percebido um avanço significativo no desenvolvimento
de dois de seus alunos, através de um aplicativo do android. Laura e Miguel,
ambos com quatro anos de idade, foram matriculados já com o diagnostico de
síndrome de Down e autismo, respectivamente.
Devido a situação de
Laura e Miguel, as limitações são bem aparentes e se tornam um grande desafio
para a professora. Laura com síndrome de Down possui um grau de atraso no
desenvolvimento intelectual, tem dificuldade na fala e um retardo para o
aprendizado. Miguel foi diagnosticado com autismo nível dois, grau moderado. As
características mais marcantes desse nível de autismo é a dificuldade na comunicação
verbal e não verbal, a dificuldade e falta de iniciativa em uma interação
social com outras pessoas, e problemas com mudanças repentinas na rotina. Além
da dificuldade em relação a interação social e na comunicação, eles têm um
déficit no desenvolvimento cognitivo, o que dificulta ainda mais na
aprendizagem e para acompanhar os outros colegas.
Joana, a professora da
turma, assim que soube das inclusões na sua sala no inicio do ano, começou a
pesquisar e aprofundar seus conhecimentos voltados para suprir as necessidades
dos dois alunos. A principal preocupação era arrumar maneiras de incluir essas
crianças no conteúdo dado ao restante da turma, sem que eles se sentissem
destacados dos demais. Ao analisar os dois casos e depois de muita dedicação,
pesquisas e estudos, ela decidiu testar um aplicativo escolhido como o “melhor
projeto de inclusão” da feira tecnológica do centro Paula Souza, em 2015. Para
que os alunos pudessem ter uma melhor visualização do conteúdo, ela mesma
disponibilizou dois tabletes, e tornou esse aplicativo uma de suas principais
ferramentas para trabalhar com esses alunos.
Nas suas pesquisas ela
encontrou um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente no próprio play
Store do tablete ou celular, o PlayDown. Um aplicativo interativo criado por
alunos recém-formados do curso técnico de informática da ETEC de Franco da
Rocha-SP, desenvolvido para crianças com síndrome de Down e outras deficiências
cognitivas. Para desenvolverem esse aplicativo, eles conversaram com especialistas
da área medica e visitaram hospitais e instituições como a APAE para encontrar
a melhor maneira de conciliar as brincadeiras e o aprendizado, dando uma
estrutura para o desenvolvimento de crianças com algumas necessidades
especiais.
O aplicativo conta com
uma parte para desenhos livres, onde oferece cores para a criança criar e
desenhar o que sua imaginação lhe permitir. Tem também uma aba que conta com
dez jogos com desafios e diferentes níveis. Caça animais, ligue os pontos, jogo
de formas, jogo da memoria, contorne as vogais, numeral, entre outros. Os jogos
conseguem prender a atenção das crianças e de uma forma um pouco mais lúdica
vai auxiliando na memorização, raciocínio logico, coordenação motora e
autodomínio.
As vantagens são
predominantes já que as crianças se encontram no ensino Infantil, o aplicativo
cabe perfeitamente para atender as propostas e atingir as expectativas que se
esperam nessa faixa etária, podendo ser usada em qualquer disciplina. Os sons,
cores, formas, animais, letras e números estão de um modo com que prenda a
atenção do aluno, e faça com que ele se interesse em interagir ao menos com o
aplicativo, já que essa é uma das dificuldades que eles encontram em convívio
com outras pessoas. A desvantagem é a limitação dos jogos para avançar os
níveis de aprendizagem, após os alunos já estarem familiarizados com esse
aplicativo provavelmente terá que procurar outro que forneça uma continuação
nas habilidades já conquistadas.
O principal objetivo de
Joana é o desenvolvimento cognitivo de ambos os alunos, para que possam ter um
pouco mais de autonomia, e que assim como os outros alunos, possam passar para
a próxima fase da vida escolar aptos para os aprendizados novos.
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