Por: Nilma Miranda de Figueiredo Viana
RU: 1746840
Rosemeire Merlo Alves RU: 1746830
Polo – Itapevi
Data 11/09/2017
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Motivada pela falta de materiais adaptados, professora
utiliza ferramentas tecnológicas para auxiliar nos métodos educacionais que
facilitam o aprendizado e aumentam a autonomia das crianças com deficiência
visual.
A professora Daniela Araújo sempre gostou de pesquisar
novas tecnologias para utilizar em sala de aula, mas foi em 2016, ao se deparar
com uma aluna deficiente visual em sua turma, percebeu a partir desse desafio
como utilizar a tecnologia assistida, para que o aprendizado da aluna fosse
maior e mais independente.
Renata é uma aluna do 4º ano, da escola Mario de Andrade,
em Itapevi, no estado de São Paulo, com a patologia de baixa visão, a menina
tinha dificuldade em acompanhar o desenvolvimento da turma. Com a ajuda dos
pais e o empenho da professora, Renata agora tem acesso a um tablet com
software que amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes,
facilitando a leitura e o entendimento.
Primeiramente a professora conversou
com os pais sobre as dificuldades da aluna, pesquisou sobre softwares e
aplicativos gratuitos ou de baixo custo, que pudesse utilizar como mecanismo de
ensino, com a ajuda dos pais e da direção da escola a professora implantou um
sistema de ensino especialmente para deficientes visuais.
A professora também
criou um blog, para fazer ponte entre o conhecimento que ela já estava
utilizando e outros alunos. O blog fala sobre várias formas de tecnologias que
auxiliam na ampliação das habilidades de pessoas com deficiências, as chamadas
tecnologias assistidas, mas o foco mesmo é na deficiência visual com conteúdos
de linguagem fácil e acessíveis a professores, alunos, aos pais e a qualquer
pessoa.
Há três tipos de programas para deficientes visuais: os
leitores de tela, que leem tudo o que está na tela do computador e são ideais
para cegos totais; os ampliadores de tela que aumenta todo o conteúdo e são
feitos para quem tem baixa visão, pessoas que não são totalmente cegos; e os
digitalizadores que transformam textos em som.
Em muitos casos a pessoa utiliza dois programas ou mais,
pois um complementa o outro, programas como DOSVOX e o NVDA podem ser
encontrados na intermete e baixados gratuitamente, ampliadores como Magic e o
Zoomtext, leitores de tela como Virtual Vision (totalmente criado no Brasil) e
JAWS for Windows permitindo acesso prático as funções do sistema, e o Openbook
um digitalizador bem acessível.
Na área dos aplicativos temos Runkeeper e Runkeeper que
auxiliam pessoas que praticam exercícios físicos detalhando as modalidades, o
Be My Eyes uma rede social, o iBrailler Notes que tem a funcionalidade do
teclado em braile, e o Ubook uma audioteca com aproximadamente cem acervos com
mais de mil gêneros literários totalmente disponível em audiolivro.
Mesmo com a Lei Brasileira da Inclusão vigente desde 02
de janeiro de 2016, as alternativas e práticas de ensino voltado para inclusão,
ainda são pouco utilizadas, a proposta da tecnologia é estimular o aprendizado
de forma lúdica, contribuindo sempre com o desenvolvimento da criança. A
tecnologia na inclusão não substitui as práticas escolares, mas devem ser
levadas em conta no planejamento pedagógico da escola, para o maior
aproveitamento e bem estar do aluno.
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